terça-feira, 11 de outubro de 2011

Quando nasci perdi algo, não sei exatamente o que é.
Só sei que perdi.
Perdi.
E essa perda faz uma falta. Sempre está faltando algo, não sei o que é que falta.
Talvez nem exista o que falta.
Mas falta...
‎"O amor é uma doença. Eu sinto náuseas, febres, dores musculares. Eu acordo assustado no meio da noite. Eu choro à toa."

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cartas pra ninguém (número 0)

Saudade, até onde vai?
E é tão confuso, assustador o que eu sinto,  penso e desejo... Ás vezes me dá aquela vontade louca de te ligar e te dizer (mais uma vez) o quanto você significa pra mim... Mas nunca fui bom em palavras, sabe?
Tudo o que eu falo não tem o menor sentido pois as palavras não expressam nem a mínima metade do que quero.
Eu tenho medo, muito medo. Mas não sei que medo é esse que me persegue. É que eu tenho que parar de fantasiar coisas... Acho que deixei de lado uma coisa inalcançável, para querer algo inatingível... Eu tenho tanta raiva de mim ás vezes mas ao mesmo tempo fascínio.
Me perdoa se eu não sou o que você quer... Me perdoa por ser tão insignificante.
Ás vezes queria ser outro mas não dá... Eu sou muitos eus num só eu.
Eu sou todos em um.
É estranho porque eu gosto tanto de você que isso me sufoca.
Eu ao menos queria que você dissesse o quanto gosta de mim, isso é claro e nítido. Mas as pessoas são tão diferentes... (Viva!)
Eu tenho tanta saudade de você, penso em ti 24hrs por dia.
Tudo me lembra você, aquela música que toca no rádio, aquele filme bobo com um final feliz, aquele clichê de amor... Me perdoa, mas não consigo ser perfeito.
Meus pensamentos e sentimentos me atordoam, tenho tanta coisa pra falar mas quando lhe vejo as palavras se petrificam e se fragmentam do tamanho de átomos... E assim se padecem...
Me perdoa se és especial pra mim, juro que não queria (dessa forma) que fosse.
Mas é.
As coisas simplesmente são e pronto.
E eu sou eu. SER é muito difícil, ainda mas eu que não sou eu. Sou o mundo dentro de mim.
Me perdoa se eu sou fraco ao ponto de não falar (mais uma vez de novo) tudo que me entala.
Mas não dá, eu tenho (como já falei). Tenho medo das coisas serem mais do que são sabe?
Tenho medo de dá aquele passo mas eu quero muito e ao mesmo tempo me recuo.
Acho que construí muros de pedra com o passar do tempo. A vida grita em mim, "toque-me e você verá o que é felicidade."
Me perdoa se eu te amo desse meu jeito amargo e quente.
Me perdoa mais ainda por amar você.
Mas sim, vai lá fora e voe! Voe! Voe! Para bem longe, vai se feliz, encha sua alma e o seu corpo de alegrias, vai lá, vai!
Porque você sempre será esse sol quente e brilhoso interminável... E eu, sempre serei essa chuva tempestativa que cai e molha sempre no mesmo lugar; esperando enfim um por-do-sol.

"Cartas que nunca li.
Talvez porque nunca as tenha escrito.
Talvez porque nunca existiu.
Talvez porque nunca existi."